terça-feira, 1 de janeiro de 2013

De bregas e de loucos,todos temos um pouco!

Waldick  Soriano



Quem nunca se pegou com uma dor de cotovelo que foi acompanhada por uma música triste ao fundo? Ou que ama alguma música que nenhum conhecido gosta? Ou até tem aquele cantor ou banda  que é fã mas não quer que ninguém descubra?

Pois é meus amiguinhos e amiguinhas vocês também são bregas e não se dão conta disso! Essa nova geração regada a "Gustavo Lima","Luan Santana" e outros cantorezinhos bonitinhos e fofinhos condena sem nem conhecer direito a música que é apontada como "Brega". Esse gênero também chamado por alguns de "Música Super Popular Brasileira" fez muito sucesso nos anos 60 e 70 nas vozes de Odair José,Fernando Mendes,Paulo Sérgio entre outros. Venderam milhares de discos,ficaram no topo das paradas de sucesso e tinham fãs fieis além da conta. E ai eu te pergunto, foram reconhecidos? A resposta é NÃO!

Não,porque eles eram taxados como músicos da classe pobre,suas músicas eram de dor de cotovelo,recebiam a alcunha de cantores de empregadas e é claro foram taxados como "cantores BREGAS". A elite na época preferiu muito mais se voltar para Elis Regina,Vinicius de Morais,Milton Nascimento e outros que hoje em dia são figuras mais do que carimbadas no hall dos artistas que são considerados patrimônios nacionais.

O engraçado é que um movimento musical brasileiro que teve um dos maiores impactos tanto no Brasil quanto no mundo que hoje é visto como tesouro verde amarelo, o "Tropicalismo" era constituído em sua maioria de músicos que idolatravam o Fernando Mendes e Odair José por exemplo. Caetano Veloso gravou várias músicas de seus companheiros "menos reconhecidos" e com elas foi ovacionado várias e várias vezes em diferentes épocas. Um exemplo mais que perfeito é sua versão da música "Você Não Me Ensinou A Te Esquecer" de Fernando Mendes que ele gravou para o filme "Lisbela e o Prisioneiro" que chegou em primeiro lugar nas rádios e na boca de todos,depois de mais de 20 anos de sua composição.

O "brega" também não é só romantismo ou melancolia cantadas de forma popular,mas também é parte da nossa história. Odair José foi um dos músicos mais censurados desse pais,já que suas músicas que quase sempre falavam de sexualidade como "Pare De Tomar A Pilula" eram consideradas como trilhas subversivas aos conceitos morais da época que a ditadura militar tentava implementar no Brasil.

Eu pessoalmente adoro esse gênero da música brasileira,sou romântico,sou brega e gosto de coisas antigas sim e não me contento em ficar escutando só o que me é empurrado pelas estações de rádio ou canais de televisão. Sou o cara que tem chapéu no estilo "Waldick Soriano",escuta "Reginaldo Rossi" no bar e pede a namorada em namoro tocando "O Meu Sangue Ferve Por Você",(sim eu já diz tudo isso).

Agora para aproveitar o clima do post uma dica cultural interessantíssima! O livro do jornalista Paulo Cesar Araujo, "Eu Não Sou Cachorro Não" que conta todos os detalhes e a história desse movimento tão pitoresco da música brasileira.



*Desculpem o atraso na atualização do blog,isso não vai mais acontecer!*

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Virgindade, cada um tem a sua


Virgindade, tema que já foi e ainda é tabu para muita gente. De diferentes religiões, raças e países, agora parece ser mais uma coisa banal no século XXI. O que antes fazia uma mulher ser considerada “moça de família” hoje entre os jovens acaba virando até motivo de piada.

Com o passar do tempo a virgindade que teve um papel de “selo da pureza” (simbolismo muito mais presente se a pessoa virgem for uma mulher, por causa do hímen ainda intacto),foi perdendo o seu poder social. Fato esse que começou a ocorrer no inicio da década de 60 com o surgimento das pílulas anticoncepcionais. Fazendo com que a mulher não se preocupasse mais com a possibilidade de uma possível gravidez, a principio deixando-a livre para fazer sexo com quem ela quisesse. Esse é um ponto que é valido frisar já que o verdadeiro tabu foi sempre a virgindade para a mulher, ela que sempre teve que desempenhar o papel de pura na sociedade ocidental cristã, o pilar fundamental da família era a pureza da jovem que ainda não tinha se casado e estaria apta para ser escolhida por um rapaz para ser senhora de sua casa e mãe de seus filhos. Enquanto para o homem a perda da virgindade sempre foi considerada um rito de passagem da vida infantil para a vida adulta.

E assim durante até boa parte do século XX era comum os jovens serem levados (muitas vezes pelo pai) para prostiíbulos para poderem ser chamados de “verdadeiros homens” pela sociedade.

Hoje os valores estão modificados, em plena era das redes sociais e das músicas que falam explicitamente de sexo. Virgindade para muitos se transformou “estigma social”, ou como os jovens falam “motivo para ser zuado”.  A jovem Angel dos Santos, de 16 anos diz que as vezes sente vergonha por ser motivo de brincadeira entre as amigas por ainda ser virgem,mas ao mesmo tempo tem orgulho por ter algo que a faça diferente. “Algumas amigas dizem que “não sei o que é bom”, mas eu não ligo, se não aconteceu ainda é porque não chegou a hora. As vezes sinto vergonha por causa das brincadeiras mas por um lado também tenho orgulho,porque afinal não é todo mundo que é virgem aos 16 anos.”
  
André de 19 anos, estudante de física, diz que também sofre preconceito por ainda ser virgem, principalmente por ser homem: “Todos meus amigos me zoam e fazem piada quando digo que sou virgem. Parece que o mundo fica te vigiando para saber se você já transou ou não. Sim sou homem, já tenho 19 anos, mas to preocupado com outras coisas por enquanto. Não defendo bandeira nenhuma de pureza ou “sexo só depois do casamento” só tenho outras preocupações por enquanto. Se rolar com uma garota rolou, mas eu não to fazendo disso minha cruzada pessoal falando “preciso encontrar alguém pra transar comigo”.

Está em grande evidencia na mídia o caso da jovem brasileira, Catarina Migliorini de 20 anos, ela está vendendo sua virgindade em um reality show na Austrália. Os lances já bateram os US$ 155 mil (que equivalem a mais de R$ 300 mil),

Catarina diz que com o dinheiro do leilão quer abrir uma ONG e investir em um projeto de casas populares para famílias pobres.

Sua mãe não está muito contente com a decisão da filha, diz que já tentou conversar com ela, mas Catarina não muda de ideia: “Eu falava para ela: pensa bem, você está mesmo a fim de fazer isso? Eu nunca falei: vai. E não posso falar: não, não vai. Mas, no fundo, não gostaria que ela fosse.”

O caso de Catarina choca vários setores da sociedade. Algumas pessoas ficam perplexas com a sua decisão e a chamam de “prostituta de luxo”. Outras como a nossa entrevistada Angel, podem até não concordar, mas são rápidos em defender seu conceito pessoal sobre o sexo: “Eu acho que não faria isso, cada um faz o que quer, o que achar melhor para si, o caso dela só mostra que atualmente o dinheiro tomou conta do amor.”

Então pode se levantar a questão, sexo é um assunto que deixou de ser embaraço? Deixou de ser sinal de “honra” ou prova de amor? Virou mercadoria ou característica de originalidade e individualidade? Para muitos ainda é questão embaraçosa e em muitas casas ainda é proibido falar disso abertamente, mas a conclusão que mais se aproxima com a realidade coletiva é que todas essas alternativas são válidas. No mundo de hoje qualquer um tem o poder de ser formador da sua própria opinião. Ninguém está obrigado a seguir qualquer cartilha de comportamento. Por mais que a mídia possa te empurrar uma ideia e fazer a cabeça do que pode parecer a maioria das pessoas. Você tem o poder de fazer o que quiser e tratar o assunto da forma que mais te agradar. 

domingo, 16 de setembro de 2012

Pior que um chimpanzé!

 Religião,parece um assunto tão clichê para se escrever,não é? Mas meus amigos, vivemos em uma bola azul que é movida por intermináveis clichês. Em pleno século 21 em que já avançamos ao ponto de termos televisões 3D,robôs em marte e até melancias que nascem sem sementes, parece piada o assunto RELIGIÃO ainda ser tabu.

O dicionário define "religião" como:  "1. crença na existência de força ou forças sobrenaturais. 2. Manifestação de tal crença por doutrina ou ritual próprios. 3 Devoção."
Essa coisa que o dicionário tenta resumir em três significados consegue acalmar a cabeça de bilhões de pessoas todos os dias,cada uma com sua respectiva forma de "crer na existência de força ou forças sobrenaturais",mas o engraçado que também consegue tirar a calma de outras bilhões de pessoas todos os dias. 

Você não conseguir compreender e aceitar a religião,estilo de vida,sexualidade ou seja lá o que for do próximo acaba se mostrando uma vitrine da sua própria insegurança com a sua forma de pensar e viver.
 A pessoa erroneamente tentando reafirmar seus conceitos desmerecendo a visão de mundo do seu próximo só consegue se mostrar cada vez mais fraca e débil, pois não consegue enxergar o mundo de ângulos diferentes.

 Na faculdade de jornalismo quando estamos aprendendo Técnicas de Reportagem somos instruídos a sempre checar os dois lados ou mais lados do fato,sempre procurar todos os que possam nos contar a história para reconta-la da melhor forma possível,se não a matéria é mal apurada. Se a pessoa não consegue ver o mundo por outros ângulos ela acaba tendo uma vida enfadonha e chata,porque sempre vai repudir aquilo que lhe parece diferente e assim só irá parecer cada vez mais um parente não tão distante assim de um primata.

Desculpem,volto na minha colocação,porque tem vários estudos com primatas que mostram que muitas especies de macacos tem ótima capacidade de aprender,muito melhor do que xenófobos, homofóbicos ou intolerantes religiosos.

Então pense,aprenda,vá procurar buscar conhecimento sobre coisas novas,ver outros estilos de vida,vá tentar entender outras culturas ou religiões. Porque se você não fizer isso meu amigo,se mostrará pior aluno que um chimpanzé!

(Texto inspirado na Caminhadaem Defesa da Liberdade Religiosa do dia 16 de setembro de 2012)

sábado, 15 de setembro de 2012

Debate com Marcelo Freixo na UCB

Freixo bombardeia o mandato de Eduardo Paes em debate.

 Na noite do dia 10 de setembro o candidato a prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Freixo, participou de um debate na Universidade Castelo Branco para expor suas ideias e falar o quanto as campanhas políticas estão cada vez mais amarradas ao poder econômico dos seus candidatos e aqueles que os apoiam.

Freixo começou o discurso dizendo o quanto o espaço na mídia é desigual entre os candidatos e que as ideias de cada um acabam indo para o segundo plano,as alianças politicas e o dinheiro com que as campanhas são financiadas acabam se tornando cada vez mais fundamentais para candidatos políticos. Falou da saúde na cidade do Rio de Janeiro que está no ranking como a pior do Brasil,segundo o Ministério da Saúde e disse, "Existe uma cidade voltada para os negócios,uma cidade voltada para quem quer ganhar dinheiro. E não uma cidade para quem vive,uma cidade para quem está no dia a dia construindo o Rio de Janeiro." 

Como outros candidatos, apontou uma "parceria" entre o governo da cidade e do estado com a Fetranspor,disse que "a caixa preta será aberta" e não agradará empresários de ônibus e investirá no transporte sobre trilhos,também criticou a ação de estender o metrô da cidade até a Barra, já que não parece haver nenhum plano de nova linha de metrô ou de mais carros, apenas a extensão das duas linhas que já existem cortando a cidade e assim piorando cada vez mais o serviço que não está bom.

A alta rotatividade de funcionários em escolas do município também foi um dos tópicos do discurso de Freixo (que também é professor de história), no debate o candidato disse que "as escolas estão perdendo sua identidade", coisa que é de suma importância para o trabalho pedagógico já que cada escola tem uma realidade e suas características e os professores estão cada vez mais desmotivados pela falta de reconhecimento e sua remuneração que não está adequada.

A aluna Maria Luiza, de 22 anos do curso de Pedagogia disse "É uma injustiça muito grande,você estuda,rala pra se formar e quando vai dar aula você ganha uma merreca,a gente as vezes acaba ficando desmotivado dentro da faculdade,já tive vários colegas que mudaram de curso por causa disso. Alguém tem que entrar pra mudar essa realidade." Quando Maria Luiza foi perguntada o que achava do candidato disse "Não tá sendo meu preferido,mas é a falta de opção. Não quero votar no Paes,só vou voltar no Freixo porque quero ver os professores recebendo um suporte melhor do governo da cidade." Outra aluna, Jessica de 24 anos do curso de Serviço Social disse "A UPA tá sendo uma maquiagem bonita demais pro mandato do Paes,quem já foi em uma sabe. Você demora muito para ser atendido,porque tá faltando médico. Isso
 quando não tem algum aparelho que quebrou de uma hora pra outra e ai você fica muito mais tempo."

Até o presente momento Paes está com 54% das intenções de voto e Freixo com 18%,segundo pesquisa do Datafolha vitória de Eduardo Paes se daria no primeiro turno se as eleições fossem hoje.